Mais de 50% dos jovens alemães preferem SMS a conversas
Thiago Kuin | 2 de março de 2009O envio de mensagens de texto (SMS) pelo telefone celular é o meio de comunicação preferido de 52% dos alemães que têm entre 14 e 19 anos, mais até que as conversas frente a frente, segundo um estudo do Instituto Allensbach.
“As novas tecnologias de comunicação modificam a cultura comunicativa e as várias gerações vêm evoluindo nesse âmbito de forma distinta nos últimos anos”, indica a pesquisa, que ouviu duas mil pessoas na Alemanha.
Os dados revelam que enquanto o contato direto é o método preferido de comunicação para 65% das pessoas com entre 30 e 44 anos e para 70% daqueles que têm mais de 45, no caso dos jovens de 20 a 29 anos essa razão cai para 51%, e despenca para 36% entre os menores de 19 anos.
Dos entrevistados com entre 14 a 19 anos, dois terços gostam de bater papo pela internet e 52% falam regularmente por telefone.
Segundo o relatório, a internet permitiu um “renascimento” da comunicação escrita entre a população mais jovem, já que, embora apenas 11% deles redijam cartas, 47% escrevem e-mails.
Os números indicam que os mais jovens se comunicam mais por escrito que o resto dos grupos, sobretudo o dos maiores de 60 anos – grupo em que 3% dos entrevistados escreve e-mails e 20%, cartas.
O estudo diz ainda que os jovens de 14 a 19 anos preferem as mensagens SMS a qualquer outra forma de comunicação, são geralmente “mais impacientes” e sua forma de expressão é “mais superficial”.
Quanto aos temas que os entrevistados abordam em suas conversas, 73% deles falam das novidades de amigos e conhecidos, 66% se referem à vida cotidiana, 62% falam da família e 58% se refere ao trabalho e a planos de viagem.
Questões médicas e de ordem alimentar são outros assuntos comuns, mais abordados que questões políticas, econômicas ou ambientais, que, segundo o instituto, são secundárias.
O assunto da atualidade mais discutido pelos entrevistados é o novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, seguido da crise econômica e do tempo.
EFE